Quando o Bob disse "Won't you help to sing, these songs of freedom?" fiquei lembrando, pois acho que essa pergunta tem muito a ver com ele!
Uma bela versão da Lauryn Hill e do Ziggy Marley
De vez em quando me pego com a velha pergunta que num leva a lugar nenhum: e se?.
E se o Seu Mazim num fosse um Preto, que nasceu pobre, filho de Pretos pobres?
Se, mesmo com tudo isso, o cara teve o desprendimento de estudar violão clássico (lendo e escrevendo partituras - o que não acho que seja fácil), apesar de gostar muito de popular e ter tocado isso quase a vida inteira, fico pensando se ele tivesse tido apoio da família e recursos pra estudar música!!! E se...?
Lembro bem que um dia me causou surpresa, quando ainda era adolescente, ele me disse: "aquele rapaz que tocava muito bem". Ele tava se referindo ao Jimi Hendrix (será que ele tinha razão!?).
E se o Seu Mazim num fosse um Preto, que nasceu pobre, filho de Pretos pobres?
Se, mesmo com tudo isso, o cara teve o desprendimento de estudar violão clássico (lendo e escrevendo partituras - o que não acho que seja fácil), apesar de gostar muito de popular e ter tocado isso quase a vida inteira, fico pensando se ele tivesse tido apoio da família e recursos pra estudar música!!! E se...?
Lembro bem que um dia me causou surpresa, quando ainda era adolescente, ele me disse: "aquele rapaz que tocava muito bem". Ele tava se referindo ao Jimi Hendrix (será que ele tinha razão!?).
Apesar disso, ele me disse que o mais difícil de tocar era o Baden.
Quantos caras que nem ele devem existir por ai, apenas esperando uma oportunidade?
Conheço um exemplo que reforça essa minha questão.
Quem anda ou andou pela Unicamp/Moradia, deve ter visto e/ou conhecido o Cabelo. Tive o prazer de ter dado aula pra ele no cursinho da Moradia em 2003 e 2004. Um belo dia, como sempre fazia antes das aulas, cheguei mais cedo pra ver se tinha algum aluno pra tirar dúvida. Quando cheguei na cozinha do Cursinho, lá estava o Cabelo, tocando seu violão, todo concentrado, e eu fiquei parado, com aquele ar contemplativo. Alguns minutos depois, quando ele acabou a música, ele virou pra mim e disse: essa é do Bach, eu gosto muito dele. E aqui um videozinho só pra ilustrar!
Quem anda ou andou pela Unicamp/Moradia, deve ter visto e/ou conhecido o Cabelo. Tive o prazer de ter dado aula pra ele no cursinho da Moradia em 2003 e 2004. Um belo dia, como sempre fazia antes das aulas, cheguei mais cedo pra ver se tinha algum aluno pra tirar dúvida. Quando cheguei na cozinha do Cursinho, lá estava o Cabelo, tocando seu violão, todo concentrado, e eu fiquei parado, com aquele ar contemplativo. Alguns minutos depois, quando ele acabou a música, ele virou pra mim e disse: essa é do Bach, eu gosto muito dele. E aqui um videozinho só pra ilustrar!
Infelizmente, meus contatos com o Seu Mazim são poucos, e nem sei quantas vezes terei o prazer de vê-lo tocando seu violão. A lembrança da figura dele estudando e tocando o violão, me faz querer ser criança novamente, pra ter o prazer de ver aqueles dedos magros, compridos, negros, dedilharem o violão. Essa imagem me faz feliz.
Gostaria de vê-lo tocar Luzes da Ribalta (na realidade foi a última música que ele me prometeu que tocaria, e ainda não consegui ouvir) só pra matar aquela saudade.
Ah, só pra deixar registrado, ele tem uma boa parcela de culpa do meu gosto pelo bom e velho Samba. Ele e o Cartola fizeram isso comigo... (depois vou falar um pouco mais do samba, numa outra postagem).
Ê meu pai, saudades de ti!
2 comentários:
Êita!
Seu Mazim, Seu Mazim... ficaria feliz em conhece-lo! E dizer a ele que ficasse feliz e orgulho pelo filho que tem!
Qeur dizer que ele era tipo autodidata no violao? Incrivel estas coisas, né?
Muito bacana meu Camarada! Ainda, vou usar uns links deste pra ouvir mais musicas por ai tb!
bjos, saudades!
Eita Baiano, nem me fale rapaz, quando vejo o jeito que meu pai fala dos filhos me dá uma coisa tão boa, que nem consigo definir. Vixe, o cabra ali tem orgulho do filho dele viu... fico até sem graça às vezes!
Rapaz, até onde sei, ele nunca foi pra conservatório ou coisa parecida... ele foi na marra e aprendeu. Ele fazia umas aulas com um amigo dele, mas era coisa de "estudo avançado", coisa de gente azeda mesmo.
O mais massa do meu pai, é que ele é muito engraçado. Se tu me acha uma figura, tem que ver ele. Como diria meu irmão, queria ser rico, pra contratar meu pai, pra passar o dia contando história pra nós...
Meu pai tem tanta presepada pra contar, que nem sei se tem fim... Depois eu te conto umas histórias legais dele (o mais legal é ver minha mãe contando as confusão dele... pense num cabra desmantelado!)
Saudades meu irmão.Bjs
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